Um dos principais problemas enfrentados por micro e pequenos empreendedores no Brasil é o controle financeiro dos negócios. Com o novo Coronavírus em circulação, esse problema foi ainda mais agravado. Sendo assim, o que a crise nos ensinou sobre gestão financeira?
O que é Gestão Financeira?
Gestão financeira são todos os processos e ações realizadas pela empresa para a análise, planejamento e controle dos recursos financeiros da instituição. Sabendo disso, é importante que a gestão corresponda a um planejamento adequado e que condiz com a realidade e saúde financeira do negócio. Esse planejamento varia de acordo com o tipo de empresa e o mercado em que ela está inserida. A gestão financeira se divide em planejamento financeiro, implementação de orçamento e utilização de ferramentas financeiras.
O planejamento financeiro precisa ser feito para que se tenha projeções de cenários e informações de base para se prosseguir durante o período que ele abrange. Dessa forma, esse planejamento precisa contar com objetivos e metas, sendo que as metas SMART, que são específicas, mensuráveis, atingíveis, relevantes e temporais, assim como a metodologia de OKR e KPI, são de grande ajuda nessa definição. Após o estabelecimento de metas e objetivos, é possível traçar estratégias financeiras e ações para alcançar esses resultados, além de métricas para acompanhá-los e modificá-los, caso ineficientes, sendo importante sempre revisar esse planejamento.
Orçamento e ferramentas
Ainda, é preciso elaborar um orçamento que será gasto com as operações da empresa. Dessa forma, pode-se observar quais áreas estão exigindo mais recursos do que outras. Assim, ter mais controle das finanças do negócio, injetando mais dinheiro onde se necessita ou também evitar gastos desnecessários com recursos que não sejam prioridade.
Por último, com o uso das ferramentas e dos indicadores financeiros, pode-se obter uma visão mais ampla do negócio. Facilitando processos, compreendendo o fluxo de caixa, qual produto contribui mais para os rendimentos da empresa, quanto se precisa para o equilíbrio financeiro, entre outros. São esses indicadores financeiros como a margem de contribuição, a margem de lucro, o ponto de equilíbrio e algumas ações como a precificação do produto ou serviço que é realizado, a análise do mercado e da concorrência, que vão servir de base e fornecer as informações necessárias para a tomada de decisão do empresário.
Qual a importância da Gestão Financeira para as empresas?
Com ela corta-se os gastos desnecessários e facilita ter uma visão mais ampla do empreendimento, estando ciente da saúde financeira do negócio e também tendo maiores informações à respeito da organização para que se possa tomar decisões com maior embasamento e que se adequem à realidade da mesma.
Em tempos de crise, ela se torna ainda mais importante para qualquer negócio que queira passar por essas fases. Com um bom planejamento financeiro, o empresário consegue realizar projeções e se preparar para o período em um cenário pessimista, realista e otimista. Entretanto, a grande maioria dos micro e pequenos empresários hoje no Brasil não possuem essa gestão financeira bem elaborada. Isso causa terríveis estragos em seus cofres, podendo levar até a falência do empreendimento em tempos economicamente incertos, como o que estamos vivendo no momento.
Afinal, o que a crise nos ensinou a respeito da gestão financeira?
Com a crise gerada em decorrência do novo coronavírus, o conceito e a aplicabilidade da gestão financeira é um dos fatores que são cruciais para a sobrevivência das empresas que foram afetadas por essa onda que assolou o mundo todo. Nesse período mais do que nunca, cuidar das finanças do seu negócio, ter conhecimento e controle sobre elas e saber se posicionar frente ao mercado são atitudes determinantes para o futuro dele próprio. Com essa instabilidade do período atual, podemos perceber que é preciso ter controle nesta área do empreendimento, para que se possa minimizar os impactos causados. Sendo assim, aqui vão alguns pontos e ressalvas que você pode utilizar para tentar contornar e ser menos impactado pela crise:
Cuidar do caixa da empresa
O fluxo de caixa nesse período é essencial, sendo que tentar manter ele positivo deve ser prioridade na empresa, mantendo assim, um negócio sólido e preparado para as incertezas. Perguntas como: “Quais gastos são essenciais para a operação? O que posso cortar ou diminuir nos gastos fixos da empresa?” serão pensadas e analisadas para tomar essa decisão e fazer com que a empresa tenha menos gastos. Deve-se num primeiro momento analisar apenas os gastos fixos, já que os gastos variáveis irão diminuir com o volume em menor escala das vendas. Dessa forma, o ponto de equilíbrio diminui e o empreendimento necessita de menos receita para se manter funcionando.
O capital de giro, também relacionado ao caixa, é peça-chave para os empresários, visto que fornece e garante a sobrevivência do negócio mesmo que o dinheiro não entre no caixa da empresa. É aconselhável que se tenha em capital de giro o valor referente aos gastos fixos para os próximos seis meses, logo, os gastos fixos multiplicado por seis. Assim, obtém-se uma boa margem de segurança e não haverá a necessidade de cortar drasticamente os gastos fixos da empresa, até que o mercado volte a esquentar.
Renegociação de dívidas
O que é possível renegociar no seu fluxo de pagamento? Revisar e analisar os prazos de pagamento para que eles sejam cada vez maiores e conversar com fornecedores para que diminuam os preços cobrados são ações que podem ser tomadas e que são de extrema importância para alargar o tempo de pagamento e tranquilizar o fluxo de caixa do negócio.
Interromper ou diminuir a venda de produtos que não possuem grande margem de lucro
Pensando em minimizar os gastos da operação e maximizar os lucros da empresa, repensar a sobre a venda daqueles produtos que não possuem uma grande margem de lucro é uma boa opção para ajudar no caixa. Mesmo aqueles produtos que possuem margem muito baixa ou que mesmo não possuem margem de lucro, mas que engatilham as vendas de outros produtos relacionados, precisam ser estudados para verificar o custo-benefício nesses tempos de incertezas.
Procure Inovar
A crise causada pelo COVID-19 teve consequências enormes e bem diferentes das crises vividas pela humanidade nos últimos tempos. Principalmente por estarmos mais conectados do que nunca e pela necessidade do isolamento social, diversas empresas precisaram se reinventar para continuarem competitivas no mercado. O home office, por exemplo, já virou obrigação nas empresas possíveis de aplicá-lo e os serviços de delivery estão mais fortes do que nunca. Além disso, várias marcas se adaptaram para fornecer esse tipo de atendimento aos clientes.
Sabendo disso, inovar se tornou algo quase obrigatória para os empreendimentos que queiram se destacar em meio à crise. Sendo assim, as operações se adaptam à demanda dos clientes no “novo normal”. Portanto, uma saída seria fazer parcerias com marcas que entregam soluções semelhantes a do seu negócio, ou até mesmo com seus concorrentes. Tendo em mente que, concorrentes lutando entre si tendem a tombar juntos, concretizar essas colaborações pode ser a salvação para seu negócio.
Portanto, parcerias com influenciadores digitais da sua cidade, para divulgação da sua empresa no meio virtual, e parcerias com outras empresas são de extrema importância para se manter vivo nesse momento. Contudo, atente-se ao seu posicionamento de marca frente às atualidades e eventos acontecendo no mundo. Diversas marcas conseguem pegar essa onda e atrair novos clientes com atuações nas redes sociais e campanhas de divulgação com um bom posicionamento. Assim, seus clientes atuais e em potencial enxergam grande valor em sua marca. É nessa hora que entram os criadores de conteúdo que podem impactar no seu posicionamento e ajudar nas vendas.
Conclusão
Portanto, uma boa gestão financeira é fundamental! E para isso é necessário estruturar um planejamento financeiro com indicadores e ferramentas de tomadas de decisão. Desta forma, as próximos cenários economicamente adversos serão amenizados.
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